Amazonia Viva Santarém

5/17/2006

Sojeiros tem preconceitos com a população local




As imagens captadas por Celivaldo Carneiro não negam...

A maioria dos produtores de soja que estão em Santarém, Belterra e regiões do entorno, são agricultores vindos do mato grosso, rio grande do sul, entre outros estados, onde a soja já deixou os estragos. São pessoas que vêem a floresta como inimiga e a paisagem bonita é o terreno limpo e seco. Nossa gente, nossa população tradicional sempre soube conviver em harmonia com a natureza, tirando dela seu sustento sem prejudicá-la. São diferenças.

Mas o que estamos vendo acontecer, com cenas de violência praticadas pelos sojeiros contra a população local, não é apenas a demonstração de visões e culturas diferentes. É a clara expressão de preconceito e de um entendimento que o que é bom vem de fora.

Em recente acontecimento, quando sojeiros presentes na Orla da cidade atacaram jornalistas e fotógrafos locais que registravam uma manifestação do Greenpeace, a verdadeira face dos que chegam com a conversa mansa de ajudar a desenvolver a região, veio à tona. A violência até o momento vista somente no campo, com a expulsão de trabalhadores rurais de suas terras, casas de moradores sendo queimadas, ameaças de morte, agora pode ser notada também nesses confrontos na cidade. O jornalista Celivaldo Carneiro, do Jornal Gazeta de Santarém, foi agredido verbalmente pelo sojeiro Gregório Masqueto com dizeres como: “vocês são um bando de índios, nós que estamos vindo aqui trazer desenvolvimento pra vocês, vocês são índios, burros e preguiçosos, vocês são incompetentes, por isso que nós estamos brigando, por isso que nós não queremos vocês aqui, vocês são todos burros”

Nos chamar de índios não significa uma ofensa, mas as outras coisas sim. E esse preconceito se revela não apenas em momentos como esses, mas não relações sociais em geral. Como estão trabalhando e quanto estão ganhando os poucos empregados nas plantações de soja ou nas lojas de insumos agrícolas, maquinários? Podemos comprovar que a maioria tem sub-empregos, são lambaios dos sojeiros.

Que desenvolvimento é esse? Que gente é essa?

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