Amazonia Viva Santarém

5/16/2006

JORNALISTAS E ATIVISTAS DO GREENPEACE SÃO GREDIDOS POR SOJEIROS NA ORLA DA AVENIDA TAPAJÓS

O episódio aconteceu no último sábado à noite, quando a Ong protestou contra a destruição do meio ambiente na região. Os ativistas usaram a lateral de um barco e exibiram imagens e faixas mostrando o desmatamento em Santarém.
Segundo Marcelo Marquezine do Greenpeace, os jornalistas Carlos Matos, free lance que atua em Santarém, um jornalista alemão acompanhante das campanhas da entidade, e alguns ativistas, foram agredidos a socos e ponta - pés por um grupo de sojeiros que estava bebendo na orla.Ele disse, que a Ong conseguiu mostrar aos presentes as imagens, embora tenha levado 10 minutos porque recolheu o material para evitar mais agressões. "Partiram pra violência em cima de um fotógrafo, uma só pessoa, foi pra cima, deu um soco na máquina dele, fez um pequeno corte no nariz. Nosso câmera-man tomou um soco nas costas. Nós somos pacifistas, não tomamos parte desse tipo de coisa, então rapidamente saímos dali", disse Marcelo.Um ativista que estava no bote foi atingido por uma tocha de fogo de pistolas disparada pelos agressores. Ontem, o Greenpeace planejou outra ação mais por conta de ameaças resolveu desistir para evitar problemas, uma vez que as manifestações são todas pacíficas.Outra pessoa que testemunhou a desordem praticada pelos sojeiros foi o jornalista Celivaldo Carneiro. Celivaldo identificou o agressor dos fotógrafos como sendo GREGÓRIO MASQUETO, conhecido em Santarém.
O jornalista disse ainda que também foi agredido verbalmente e as palavras proferidas pelo grupo ofendiam também as pessoas que estavam presenciando a cena. "Eles começaram a me ofender e a ofender a todos os que estavam ali com dizeres do tipo: 'vocês são um bando de índios, nós que estamos vindo aqui trazer desenvolvimento pra vocês, vocês são índios, burros e preguiçosos, vocês são incompetentes, por isso que nós estamos brigando, por isso que nós não queremos vocês aqui, vocês são todos burros', e eu me ofendi com aquilo e tentei justificar pra ele que não era essa posição que ele devia adotar porque estava se voltando contra todas as pessoas", informou Celivaldo.O grupo de sojeiros, não satisfeito, comprou fogos de artifício, tipo pistola, e atiraram contra o barco e os botes em que estavam os ativistas do greenpeace. A polícia, segundo o jornalista, não compareceu ao local, apesar de ter sido acionada pelo 190.A confusão só acabou quando a ONG se retirou. Celivaldo garante que tem todas as fotos do acontecimento deprimente para toda a categoria de plantadores de soja na região.

2 Comentários:

  • Os sojeiros mostram a verdadeira cara que tem. Além de violentos, que batem em mulheres que fazem manifestações como já aconteceu (Bater em mulher é fogo, hein?!, depois ficam dizendo que é sacanagem essas piadas com Gaúchos, são mesmo truculentos.

    Por Anonymous Anônimo, Às 12:43 PM  

  • Desculpe, Pedro, não são os gaúchos que são truculentos. Truculenta é a ideologia que sustenta toda essa barbaridade, a mesma contra a qual lutamos aqui no Rio Grande do Sul. Truculenta é a visão que o brasileiro, infelizmente, tem da natureza: algo que atrapalha e deve ser eliminado. Truculentas são as organizações que, para lucrar, vendem aos bobalhões de todo o planeta uma idéia equivocada de progresso. Nossa solidariedade aos manifestantes. Lilian Dreyer - Porto Alegre.

    Por Anonymous Anônimo, Às 3:23 PM  

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